A verdade do escrever é que é preciso ter disposição para o fazer. Quer dizer, para escrever. Porque se a vidinha corre mal, santa paciência! Não há escrita que apeteça. E a mim não me tem mesmo nada apetecido, por que a verdade da vida é cruel, dura e mastiga todos os dias, obrigando o comum dos mortais a ir para a cama como um nó no estomago pela injustiça do dia passado. Chegámos a Dezembro e a firma achou por bem contemplar os seus leais funcionários com um voucher de compras de supermercado que não passa de uma humilhação. Pelos nossos esforços e dedicação. Ah! Mas vão oferecer-nos uma festa de Natal, aqui no escritório, com direito a comes e bebes, tudinho pago pelo bolso do Dr. Ora não é uma gentileza? Claro que sim, somos todos uns mortos de fome, e ao menos nesse dia enchemos a malvada à conta deste benemérito. Só quero ver quem vai ser o Pai Natal... HO HO HO e eu rio, rio muito com esta pouca vergonha toda.