O Verão e a cidade

Agosto é um mês quase morto em termos de serviço. A maior parte dos funcionários do escritório estão de férias obrigatoriamente durante 15 dias, a outra metade é da escolha deles. Claro que eu, que sou a escrava e ainda estou dentro do contrato não tenho direito a nada. Mas também em termos de trabalho não tem havido muito a fazer e logo que aparece, eu dou despacho e fica feito, o que significa que o resto das horas é olhar para as moscas o que ainda me custa mais a passar o tempo. Aliás, toda a cidade parece ter fugido para ir de férias menos eu. A maior parte dos sítios onde costumo ir estão fechados e a minha vida tem sido trabalho-casa, casa-trabalho. Nem mesmo o J está cá, foi acampar para o Algarve. Já liguei para o resto do pessoal da publicidade para nos encontrarmos, mas também não tive sorte: Uns fora, outros como eu a trabalhar. Não se passa nada. Só durmo. Que tristeza.