Se eu acreditasse no Pai Natal

Se eu ainda fosse garota e estivesse a viver em casa dos meus pais, pediria este ano para me tirar deste emprego em que nada posso ser do que sou. Não pedia dinheiro a mais, apenas o que fosse dado em troca do que sei e do que aprendi ao longo dos anos que andei a estudar longe de casa para ter o curso que sempre quis.
Escrevería ao Pai Natal a pedir um emprego justo, acho que assim é mais certo.
E também pediria para a malta que andou comigo na publicidade, que não os esqueço. E até para aquele que se escondeu comigo no latão do lixo.
Pediría também para a minha senhoria, várias sobrinhas para lhe encherem a casa e fazerem companhia e ela ter sempre o que lhes contar.
E já que estou em maré de fantasias, pediria também mais um dia, além do dia de Natal, só mais um para ficar com a minha mãe e o meu pai, tenho saudades deles, de casa, da lareira, de quando eu podía ser simplesmente eu sem me esconder em fantasias.
 
 

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