Amocha

Não há fome que não dê em fartura. Andava eu a queixar-me do pouco que havía para fazer, pois agora é uma correria, não há mãos a medir, e até já tivemos de ficar depois da hora para acabar algumas coisas com prazos. Tramado! Resta saber se isto se vai tornar um hábito ou se foi só por causa do avolumar do expediente. Ou se me vão compensar. Ou se nada. Eu sei que não estou em condições de regatear ou impor, mas pelo que me pagam e pelo que exigem, ainda mais em horário extra-laboral, só lhes ficava bem pagarem. Porque afinal, convenhamos: Isto é um contrato. Eu dou o meu trabalho, eles dão o dinheiro, é assim que funciona. Mas não posso abrir o bico ou lá me ponho em risco de novo e sei bem como está o mercado de empregos. É tudo uma tristeza, aproveitam-se desta maldita crise para explorarem toda a gente. Amocha. É o que digo para mim e sigo.
 

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